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Londrina e Maringá firmam Aliança Estratégica entre os Ecossistemas de Inovação

  • Última atualização em Terça, 06 de Setembro de 2022, 09h38
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Prefeitos querem estimular a troca de conhecimentos e impulsionar os setores que envolvem a inovação e a tecnologia, para gerar mais riquezas para as cidades, emprego para a população e novos negócios

  

Na última sexta-feira (2), o prefeito Marcelo Belinati se reuniu com prefeito de Maringá, Ulisses Maia, para firmar a Aliança Estratégica entre os Ecossistemas de Inovação entre os Municípios de Londrina e Maringá. Estiveram presentes na solenidade o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Carlos Valter Martins Pedro; o presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), Fernando Moraes; a presidente da Associação Comercial e Empresarial de Londrina (Acil), Márcia Manfrim; e o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), Michel Felippe Soares.

 

O objetivo da aliança entre as cidades é gerar um entendimento mútuo, para impulsionar os setores que envolvem a inovação, tecnologia, geração de emprego, atração de novos e melhores ambientes de negócios, de investidores e de recursos financeiros para essas localidades, além de reforçar a cultura do empreendedorismo e da inovação.

 

Segundo o prefeito Marcelo Belinati, a união entre os Municípios é vantajosa para todos, pois possibilita a troca de experiências e o avanço nos trabalhos de atração de novos negócios e investimentos para Maringá e Londrina. “Essa aliança entre as duas regiões vem fortalecer o mercado de inovação e tecnologia, porque um ambiente propício à inovação é fundamental para a competitividade das empresas e para a diversificação econômica, o que se reflete no desenvolvimento social e econômico dos municípios. Londrina é um exemplo de inovação para o Paraná e, consequentemente, Maringá também. Com a aliança, pretendemos atrair mais negócios, que gerarão mais emprego e renda para toda a região, além da qualificação profissional”, disse Marcelo.

 

Durante o mês de setembro, os Municípios vão criar e instalar os processos de cooperação através da aliança estratégica. O primeiro passo foi dado com a formalização da aliança e, agora, segue para a formação e desenvolvimento do grupo de líderes que conduzirão o processo de cooperação entre as áreas envolvidas, por meio de um trabalho diagnóstico participativo. Nesta etapa, no dia 20 de setembro, das 9h às 17h, deve acontecer no Sebrae Maringá mais um encontro dos líderes.

 

No dia 4 de outubro, eles virão ao Sebrae Londrina, para fazer a expansão da visão com empresas e ecossistemas de inovação nacionais e internacionais. O encontro também será das 8h às 17h. Depois, será elaborado um estudo sobre o potencial dessa troca de experiências entre as cidades, de forma participativa. Na sequência, será criado um manifesto da aliança; um plano de ação inicial de curto prazo, com as lideranças para o início do processo; a criação da governança e do modelo de gestão do plano e sua apresentação para a sociedade e, finalizando em 2023, com a execução das ações e monitoramento dos resultados e o no novo PDCA.

 

Segundo o presidente da Companhia de Tecnologia e Desenvolvimento de Londrina (CTD), Luciano Kuhl, não é apenas uma aliança com o ecossistema de inovação dos municípios, mas uma estratégia mais abrangente visando o desenvolvimento de cidades inteligentes e tecnológicas. “O primeiro tema são os ecossistemas de inovação de Londrina e de Maringá, que têm setores muito bem organizados e que querem criar uma sinergia para a produção de coisas importantes e inéditas, a serem absorvidas pelas duas regiões. A CTD faz parte enquanto Município de Londrina, pela governança digital em prol de cidades inteligentes. Já a Prefeitura de Maringá quer criar um ambiente sinérgico com Londrina, para falar sobre o governo tecnológico e digital, e cidades inteligentes, que utilizem as melhores práticas, racionalizando recursos, e implementando soluções inteligentes nas duas cidades, nas mais diversas áreas de saúde, segurança e educação”, ressaltou Kuhl.

 

Esse processo de aliança já vem sendo debatido desde a missão técnica-comercial realizada pelo Paraná Business Experience 2020, que aconteceu em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. As autoridades mencionadas estiveram presentes para falar sobre negócios e atração de investidores e lá surgiu a ideia da aliança. “Lá, eles falaram da possibilidade de fazer algo que pudesse contribuir para o desenvolvimento dos municípios de Maringá e Londrina e, nesse intuito, nos últimos meses, foi feito um trabalho em conjunto com o Sebrae. A ideia é trazer experiências de fora do Estado, para inspirar o trabalho que será usado na aliança estratégica para o desenvolvimento das cidades, com foco no ecossistema de inovação”, explicou gerente regional do Sebrae-PR, Fabricio Bianchi.

 

Para o presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Bruno Ubiratan, tanto Londrina quanto Maringá têm conseguido atrair a atenção de investidores na área da inovação e têm conseguido avanços significativos nos últimos anos. “Essa aliança vai potencializar a troca de experiências entre os municípios e vai fomentar o desenvolvimento de políticas públicas e investimentos para o setor. Temos 2.200 empresas na área de tecnologia em Londrina e muitos empregos, além de um ecossistema de inovação muito organizado e desenvolvido, o que pode ajudar muito Maringá, assim como acreditamos que eles podem fazer por Londrina”, disse Ubiratan.

 

Ecossistema de Inovação – O ecossistema de inovação de Londrina é um conjunto complexo de relacionamentos entre os atores de diversos setores, que buscam viabilizar o desenvolvimento tecnológico e a inovação no Município. Com a parceria do Município de Maringá essa interação ganha força e novos gestores envolvidos, que podem trazer mais expertise, conhecimento e contatos que possibilitarão avanços e novos resultados.

 

O ecossistema de inovação de Londrina é bem amplo e organizado. Ele surgiu em 2017 com o apoio do Sebrae e com estudos da Fundação CERTI de Florianópolis, que investigou as potencialidades do Município. Com isso, cinco grandes setores destacaram-se, sendo eles: agronegócios, eletrometalmecânico, químico e materiais, de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de saúde. “São as áreas que já tinham maturidade elevada na cidade e o foco foi fomentá-las. Mas, depois delas, outras cinco se interessaram e, hoje, temos as governanças do turismo, do audiovisual, da construção civil, do varejo e das instituições de ensino superior. São instancias informais que se organizam e se reúnem para estudar o que precisa ser feito para aprimorar o desenvolvimento de sua área, gerar mais engajamento e conectar novos atores”, explicou o diretor de Ciência e Tecnologia da Codel, Roberto Moreira.

 

 

Texto Ana Paula Hedler

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