Município realiza reunião com a empresa que vai fazer o projeto da Cidade Tecnológica
Encontro contou com a participação de diversos órgãos municipais e entidades londrinenses da área de tecnologia e inovação
A Prefeitura de Londrina sediou, nesta quarta-feira (11) à tarde, a primeira reunião de trabalho relativa ao Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) que resultará nos projetos para a construção da Cidade Tecnológica de Londrina, na Fazenda Refúgio.
Realizado no Auditório da sede da administração municipal, o encontro contou com a presença do secretário municipal de Gestão Pública, Fábio Cavazotti, do diretor da Geo Brasilis – empresa selecionada pelo PMI –, José Roberto dos Santos, e de diversos integrantes de órgãos e entidades da área de tecnologia em Londrina. Compareceram, também, o presidente da Cohab-Ld, Luiz Cândido de Oliveira, o diretor de Ciência e Tecnologia do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Roberto Moreira, e representantes da Universidade Estadual de Londrina, Sebrae, Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil) e UTFPR, entre outras autoridades.
Durante a atividade, os participantes iniciaram as discussões sobre o projeto, que será implantado em um terreno de propriedade da Companhia de Habitação de Londrina (Cohab-Ld), através de parceria público-privada entre o órgão e uma empresa. A Cidade Tecnológica será instalada em uma área de 370 hectares, na antiga Fazenda Refúgio, que conta com 60% de mata nativa, incluindo um corredor de biodiversidade, nascentes e fundo de vale. A ideia é integrar, em um futuro próximo, o cuidado com a preservação ambiental e a instalação de indústrias limpas, que atuem com tecnologia, pesquisa e inovação. Para isso, o local estará aberto a sediar startups, incubadoras, institutos de ensino superior, centros de inovação e de pesquisa científica e empresas de vários portes, entre outras organizações.
A partir de agora, a Geo Brasilis terá um prazo de 120 dias para entregar um Plano Diretor voltado à ocupação da área, em conjunto com um plano de desenvolvimento para o empreendimento e a modelagem jurídica relativa à elaboração da parceria público-privada. Com base nesses documentos, será realizada, futuramente, uma licitação para a seleção da entidade privada que será parceira da Cohab na iniciativa.
O secretário municipal de Gestão Pública, Fábio Cavazotti, salientou que um dos principais ativos de Londrina para a realização desse projeto é a coesão das entidades participantes. “A própria ideia do parque tecnológico nasceu de uma conversa entre o poder público e a iniciativa privada, e esse entrosamento é muito positivo como um ponto de partida. Isso, ainda mais, porque a Cidade Tecnológica é baseada no conceito de integração, envolvendo organizações de todos os tipos, na área de tecnologia”, disse.
De acordo com o diretor da Geo Brasilis, José Roberto dos Santos, Londrina tem um potencial e demanda expressivos na área de tecnologia, e possui um grande volume de dados, levantamentos e estudos já feitos. “Londrina é uma referência nacional, e possui uma massa de informações sobre esse tema. Além disso, também conta com uma governança bastante atuante, ou seja, tem grupos de pessoas e entidades que se organizam e se mobilizam, assim como um empresariado muito ativo. Todos esses elementos favorecem de maneira significativa a implantação do parque tecnológico”, afirmou.
O diretor de Ciência e Tecnologia do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Roberto Moreira, frisou que a instalação da Cidade Tecnológica de Londrina será fundamental para o desenvolvimento tecnológico do município. “Esse processo de elaboração de projetos está sendo conduzido pela Geo Brasilis, que é uma empresa com um forte histórico de desenvolvimento de parques tecnológicos e outros empreendimentos. Por isso, temos a intenção que essa iniciativa resulte em um ativo muito grande, fazendo a diferença para o futuro da cidade”, disse.
Conforme o professor e chefe do Departamento de Apoio e Projetos Tecnológicos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Marcos Rambalducci, a iniciativa produzirá um grande impacto positivo na economia local. “Através da Cidade Tecnológica, teremos um ambiente específico que permitirá atrair empresas de base tecnológica para londrina, especialmente de classe mundial. Isso vai potencializar significativamente a nossa capacidade de incorporar valor aos nossos produtos e de gerar emprego e renda para nossa gente, por meio de uma iniciativa calcada no desenvolvimento e incorporação tecnológica”, apontou.
O coordenador estadual de Ecossistemas de Inovação do Sebrae Paraná, Heverson Feliciano, salientou que Londrina possui um dos melhores ecossistemas de inovação do país, que tem proporcionado tanto o surgimento de novas startups quanto o investimento em iniciativas inovadoras por parte de empresas tradicionais. “Estamos em um bom momento, e percebemos que existe uma expectativa excelente por parte das empresas, buscando expandir e crescer. O parque tecnológico pode suprir essa lacuna no sentido de oferecer oportunidades para que as empresas de base tecnológica daqui de Londrina alavanquem ainda mais o desenvolvimento do setor e da cidade como um todo”, destacou.
Texto Ulisses Sawczuk
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