Kireeff anuncia a instalação da BRF S.A. em Londrina
Empresa vai investir R$ 80 milhões no novo conglomerado, que deverá gerar 600 empregos no Município.
O prefeito Alexandre Kireeff anunciou, nesta segunda-feira (31), a instalação da empresa BRF S.A., detentora das marcas Sadia, Perdigão e Qualy, no município de Londrina. Para isso, o conglomerado vai investir R$ 80 milhões na construção do novo centro de distribuição no Paraná, que irá movimentar mais de 15 mil toneladas de produtos mensalmente. A vinda da BRF S.A. deverá gerar cerca de 600 empregos diretos e indiretos em Londrina. A previsão é de que a empresa inicie as operações em setembro de 2017.
Para o prefeito Alexandre Kireeff, a instalação da unidade da BRF S.A. em Londrina é uma decisão empresarial de extrema importância. ”Londrina se apresentou como uma das possíveis cidades para recepcionar esse importante investimento e demonstrou ser a mais competitiva entre as alternativas alinhadas, evidentemente, com as estratégias empresariais do grupo BRF”, salienta Kireeff.
Desde 2013, ainda de acordo com o prefeito, Londrina tornou-se mais atrativa aos investidores por conta de um conjunto de ações estruturantes, como a aprovação do Plano Diretor, mudanças nas leis relacionadas à instalação de empresas, além da criação de zonas industriais e a municipalização das emissões de licenças ambientas.
No caso da BRF S.A. somam-se investimentos municipais em infraestrutura do sistema viário como a extensão da avenida Saul Elkind no sentido de Cambé e Ibiporã, a conexão da mesma avenida com o Pool de Combustíveis e também a duplicação da Avenida Angelina Ricci Vezozzo. Esses investimentos são importantes, pois a empresa irá movimentar, diariamente, 80 carretas e outros 70 veículos leves que irão transportar produtos para o Paraná, Oeste Paulista e Sul do Mato Grosso do Sul.
Segundo o presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Bruno Veronesi, a empresa irá movimentar o comércio regional, além de promover um impacto social, econômico e de renda. “É uma grande vitória para Londrina. A vinda da BRF é extremamente positiva porque reforça a cidade como centro logístico”, afirma Veronesi.
Desde 2013, instalaram-se em Londrina empresas do porte como a Insutria de Rações Integradas, a MRV LOG, a Ágili Software, a alemã Wittur, as francesas Limagrain e Atos e a AAF Produtos Odontológicos, além da Filtros Kobra, TKJ Compressores e Grafflit Tintas que estão em fase final de construção. Entre 20 e 30 empresas estão em fase de aprovação ou construção de seus projetos. Vale ressaltar que a instalação do gasoduto fez com que Fast Gôndolas utilizasse essa fonte de energia em sua unidade nova, inaugurada em 2014.
Participaram da solenidade o gerente de Projetos de Logística e Distribuição da BRF S.A., Eduardo Alan, a diretora Técnica e de Desenvolvimento da Codel, Andrea de Azevedo Mandelli, o assessor executivo da Codel, Rosalmir Moreira, os vereadores Elza Correia e Júnior dos Santos Rosa, e diversos secretários municipais.
Doação de terreno - O projeto apresentado pelo conglomerado prevê a construção num espaço de 22 mil metros quadrados térreos e 551,62 metros quadrados em um pavimento único. A intenção é que as obras, após a liberação da licença, concluam-se em oito meses. A inauguração está prevista para setembro de 2017. E, quando em operação plena, a empresa vai empregar cerca de 600 colaboradores.
De acordo com a gerente de Relações Institucionais da BRF S.A., Ana Carolina Carregaro, a escolha por Londrina deu-se em razão da localização estratégica do município para os negócios do conglomerado. “Desde 2015, estamos fazendo a revisão do Plano Diretor de Logística da empresa juntamente com a análise de ampliação dos serviços para os anos seguintes. Londrina foi escolhida em razão de sua localização estratégica à distribuição dos produtos para o Paraná e o Oeste paulista, pois somente no Paraná temos sete unidades industriais, que abastecerão o centro londrinense”, explicou a gerente.
Vantagens ao Município - Nesta segunda-feira (31), o Executivo vai protocolar, na Câmara Municipal de Londrina, um projeto de lei autorizando o Município a doar uma área para a construção da nova sede da BRF S.A. A intenção é ceder uma área de 157 mil metros quadrados, pertencente à Codel. O espaço está avaliado em R$ 6 milhões e fica localizado na Saul Elkind, próximo à empresa Wittur, zona norte da cidade.
Sobre a empresa - Atualmente, a BRF S.A. possui mais de 17 mil funcionários diretos do Paraná. Eles estão distribuídos por setes unidades industriais e dois centros de distribuição. A empresa BRF é um conglomerado brasileiro do ramo alimentício, que surgiu por meio da fusão das ações da Sadia S.A. ao capital social da Perdigão S.A.. Atua nos segmentos de carnes, alimentos processados, margarinas, massas, pizzas e vegetais congelados. A empresa está há mais de 80 anos no mercado brasileiro. Hoje, no Brasil, ela conta com aproximadamente 35 fábricas e 20 Centros de Distribuição. No exterior, opera dez unidades industriais.
Londrina é destaque em levantamento de negócios - Londrina é uma das melhores cidades do Brasil para se fazer negócio, conforme demonstra levantamento realizado pela Urban Systems e publicado na edição mais recente da revista Exame. A pesquisa mostrou que o Município está em 25º no ranking que lista as "As Melhores Cidades do Brasil para Fazer Negócios", dentro um rol de 100 municípios com mais de 100 mil habitantes. Em 2015, Londrina estava na 52ª posição. Em 2014, ficou em 40º lugar.
Esse índice serve como parâmetro para a qualificação dos mercados, sintetizando uma variedade de informações sobre a população, comércio, questões urbanísticas, econômicas, de infraestrutura, burocratização do serviço público, investimentos em políticas públicas voltadas ao desenvolvimento.
De acordo com o Presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Bruno Veronesi, a evolução de Londrina no ranking é fruto de uma série de medidas adotadas pela atual gestão, entre elas desburocratização de processos para aprovação de projetos, aprovação do Plano Diretor, flexibilização e clareza no plano de zoneamento de áreas para instalação de indústrias.
“Londrina também evoluiu muito no aspecto da inovação, com estimulo à utilização do programa do ISS Tecnológico, aprovação da Lei de Inovação Municipal e do Fundo de Incentivo à Inovação, o Promiin, para citar alguns dos mais importantes”, destaca. Enquanto Londrina subiu 15 posições desde 2014, cidades como Curitiba e Maringá desceram, respectivamente, oito e seis posições no ranking das melhores cidades brasileiras para se fazer negócios.
Fotos: Luiz Jacobs
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